Centro
Quando eu era criança, na manhã de Páscoa havia um ninho para ser procurado. Naquele domingo acordávamos mais cedo que o sol - depois de mal conseguirmos dormir - para procuramos os doces e chocolates. Mas depois do ninho, sempre havia a celebração de Páscoa. Sou grato a meus pais por terem nos ensinado as prioridades. Antes mesmo de procurar o ninho, já sabíamos que havia algo maior e mais importante na data. E, mesmo assim, não deixávamos de ter o momento que é especial para a toda criança. Às vezes, nossas falas de Semana Santa correm o risco de ser apenas troca de automóvel por veículo. Tentando tirar o centro do chocolate, coelho e ovos de páscoa com discurso anti-consumista, pregações que falam de como ‘os outros se deixam levar pelo espírito capitalista’ e como o mundo ‘ não sabe mais o verdadeiro sentido da Páscoa”, apenas mudamos de um centro errado para o outro: gastar mais tempo falando mal do que julgamos que não se deve, do que apontando para o que mais importa, enfatizan