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Mostrando postagens de abril, 2016

Salivar

Acredito que você esteja familiarizado com o chavão “Eu não me arrependo de nada do que eu fiz”. Segundo esta lógica, nossos erros não precisam de arrependimento, já que cada um deles “foi um aprendizado”, “contribuiu para ser quem sou hoje”, etc, etc... Agora, surge uma nova variante, que parece ser mais amena. “"Não posso me arrepender de uma atitude que foi feita impensadamente. Foi a reação de um ser humano normal”, disse um ator brasileiro, procurando justificar um ato cometido.  O ato de cuspir no rosto de um homem e uma mulher. A frase parece sugerir que arrependimento serve somente para aquilo em que pensamos antes de fazer. Os atos impensados estariam livres desta necessidade. Talvez exista algum lugar onde esta lógica se encaixe, mas certamente não é na Teologia. Nela, erro é erro, e precisa de arrependimento e perdão. Especialmente  o impensado, já que, quando planejamos agir maldosamente, não estamos pensando em arrependimento. Ao menos não naquele ponto,

Pelo quê?

Os brasileiros acompanharam no domingo, dezessete de abril, um dos momentos que era para ser somente histórico da nação. Entretanto, acabou sendo também um dos momentos mais bizarros que já testemunhamos. O motivo? O motivo foram...os motivos. As pessoas que se apresentaram na tribuna para dar seu voto trouxeram também os motivos pelos quais estavam fazendo aquilo. A lista não foi curta. Pela familia, pelo marido, pelos filhos, pela esposa, pelo pais, pela nação, por terroristas, por torturadores, por isso, por aquilo.... A pergunta que fica é  pelo quê estavam aquelas pessoas lá, de fato ? Era realmente pelo que diziam estar? Dá para conectar as palavras do domingo com as ações de segunda a sábado? A pergunta também pode ser feita a nós – já que um parlamento é feito por pessoas que saíram daqui, de onde estamos. Pelo quê dizemos sim ou não às coisas na vida? Em alguns momentos, como naquele domingo, vai depender se há uma câmera ligada, se há pessoas nos vendo. Nestes

Fobia

Virou moda, agora, chamar qualquer coisa de fobia. Toda opinião contrária a um tema rapidamente recebe este radical grego da maneira mais inadequada possível. Se sua opinião não concorda com a do outro, não vai importar se você apresentar argumentos consistentes ou não. Você é um ‘fóbico”. Já é hora de parar com isso. O primeiro motivo é porque grande parte das pessoas que utilizado o termo, não conhece seu significado. Melhor não usar, portanto. O segundo, e principal (decorrência do primeiro): isto é um desrespeito, e até ofensa, para com as pessoas que possuem um  real medo irracional . Elas sofrem por isso.  Você já viu alguém manifestando uma fobia real? Medo de altura, medo de aranha, de lugar fechado?... Eu já. E acredite, não tem nada de interessante nisso. Não tem nada a ver com opinião ou preconceito, ou com simples discordância. Quem é fóbico sofre, não  tem prazer nisso e não alimenta sua fobia. Nada tem a ver com as fobias que são inventadas a cada dia, alguma

GRAVADA

Ouvir a própria voz. Há algumas décadas, isto era impossível para o ser humano. Os sistemas de gravação de som fazem parte da humanidade há menos de 200 anos. Antes disto, nunca uma pessoa teve a experiência de ouvir a si mesmo. Algo que, em nosso tempo, é absolutamente comum. Se ouvir nossa é comum em termos de tecnologia, poucas vezes é em termos de consciência. Multiplicam-se as ocasiões em que resistimos a ouvi-la, com a tendência de nos iludirmos, achando que, por sermos tão ‘do bem’, vamos, naturalmente, conseguir acertar. Neste caso, pode ser que, acima do problema de não ouvirmos nossa consciência, esteja o fato de que ela não está ouvindo a Pessoa certa com precisão. Precisamos de uma voz clara e coerente. Precisamos de precisão. Ouvir o que Jesus Cristo fala ao coração, por meio da fé,  nos possibilita ouvirmos nossa consciência sem pessimismo exagerado e sem otimismo irreal. Antes, uma voz real falando sobre a vida real.  Desta forma, possivelmente conseguiremos t

Toda regra tem exceção?

Ou "A exceção confirma a regra". Crescemos ouvindo esta frase. Mas ela está correta? A frase original é latina, e se traduz: “A exceção confirma a regra nos casos não eximidos”. Ou seja, a exceção confirma que existe uma regra, mas não, necessariamente, que ela seja universalmente válida. Por exemplo, se vejo uma placa dizendo ‘proibido estacionar aos domingos”, posso entender que a regra é que, nos demais dias, é possível estacionar. A exceção, o domingo , confirma a regra, “de segunda a sábado”. Já se eu digo; “Todo mundo nesta universidade é elite’, quando eu me deparar com uma pessoa mais pobre, isto não confirma a regra; ao contrário, a destroi.. Se digo que “todo cristão é limitado”, quando me deparar com um doutor que confesse a fé cristã, minha regra vai ao chão. Se digo, “toda igreja só quer enganar as pessoas’, quando encontrar uma igreja séria, minha tese terá sido derrubada.  Ainda: se digo que toda regra tem exceção, quando encontrar uma regra que

Em cheio

Noticia divulgada no mês de Março de 2016 indicava que dois cometas passariam de raspão pela Terra. Um deles, a cerca de 5 milhões, o outro, 3 milhões de quilômetros.Quando pensamos em termos das medidas com as quais mais lidamos, parece muito longe. Mas, em termos astronômicos, é bastante perto. Parecido com aquelas passagens de raspão que fazemos em nosso dia a dia, meteóricas, deixando rastros e estragos. Seguimos pensando, que não foi, nada na verdade estávamos bem longe de querer ferir. Isso em nossa medida. Pois, do ponto de vista o ferido, pode ter sido muito perto. Felizmente, diferente dos cometas, nossa próxima passagem não precisa ser daqui a dezenas de anos. Podemos, o mais rápido possível - hoje mesmo -, voltar a passar pela vida das mesmas pessoas, desfazendo aquilo que pode ter chamuscado as relações e reconstruirmos nossa rota de contato e auxilio. Espalhando o cuidado e amor com os quais também somos tratados por Jesus Cristo, que decidiu não

Por quem?

Vinte segundos após decolar, um voo da Air Florida, partindo do aeroporto de Washington, EUA, caiu no gelado rio Potomac, em 1982. Rapidamente, um helicóptero da policia estava no local e lançou uma corda. Arland Williams, um dos passageiros, alcançou a corda e a passou para um outro sobrevivente, que foi içado. Ele fez isso cinco vezes - passou a corda para as pessoas serem salvas. Antes da sexta tentativa, ele desapareceu nas águas congelantes do rio, para nunca mais ser visto. Uma grande história de desprendimento e auto sacrifício. Aquelas cinco famílias das pessoas salvas certamente não encontram palavras para agradecer alguém que deu sua vida para salvá-las. Por quem estaríamos dispostos a isto? Um filho, um mãe? Um amigo, um grande amor? Doar-se ao outro, até mesmo dar a própria vida, não é fácil, pois tendemos a nos preservar. Pensando nisso, é ainda mais espantoso pensarmos no amor de Deus. Deus a vida de seu próprio Filho para que todas as pessoas, mesmo desconhe

Amar e odiar

Você acredita em liberdade da vontade, em livre-arbítrio? Bem, aparentemente, não há nada que indique o contrário, todos têm liberdade para fazer suas escolhas. Mas veja esta frase da escritora Marie von Ebner-Eschenbach: “Aquele que acredita em livre-arbítrio nunca amou ou nunca odiou”.   De uma forma poética, ou até irônica, ela descreve a realidade. Quando amamos, muitas vezes ficamos ‘presos’ ao objeto deste amor. Mesmo que seja um amor não correspondido. Acabamos fazendo escolhas em volta deste amor, abrimos mãos de preferências e vontades, apenas para satisfazê-lo. Vivemos um amor cego. E, por mais estranho que pareça, o mesmo acontece com o ódio. Eles também nos prende. Passamos a viver em função da pessoa ou situação odiada. Ela nos paralisa e domina os nossos movimentos. O amor de Deus na direção do ser humano tem a  ver com liberdade de escolha: a Liberdade Dele nos escolher. Jesus Cristo vem ao nosso encontro, dá o primeiro passo. No entanto, no segundo momento

Continuar Errando? - Minuto Toque de Vida

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Mentirosos

Na lista das "coisas que você não tolera", ou "o que você não suporta numa pessoa”, a mentira sempre aparece entre as 3 primeiras. Com muita frequência, é a primeira colocada. As pessoas odeiam a mentira, não suportam gente mentirosa, condenam quem engana. Mas é só dar dois passos e constatar o cenário real. Todo mundo odeia mentira, mas ela nunca para de aumentar. Ninguém gosta de gente mentirosa, mas muita gente mentirosa continua a circular. As pessoas não toleram a mentira. Mas mentem sem se controlar. O dia da mentira é uma das maneiras de, se temos alguma dúvida, lembrarmos e confirmarmos que o ser humano é inerentemente mau. Defender que o ser humano nasce bom, ou com a inclinação par o bem é contrariar tudo o que a lógica diz e os olhos veem. No caso da mentira, tudo o que ela nos faz passar. Somos todos mentirosos. O ser humano precisa da Verdade que vem de fora. Precisa de um Salvador. E Ele veio. Não só como a Verdade mas, também, como o C