GRAVADA


Ouvir a própria voz. Há algumas décadas, isto era impossível para o ser humano. Os sistemas de gravação de som fazem parte da humanidade há menos de 200 anos. Antes disto, nunca uma pessoa teve a experiência de ouvir a si mesmo. Algo que, em nosso tempo, é absolutamente comum.

Se ouvir nossa é comum em termos de tecnologia, poucas vezes é em termos de consciência. Multiplicam-se as ocasiões em que resistimos a ouvi-la, com a tendência de nos iludirmos, achando que, por sermos tão ‘do bem’, vamos, naturalmente, conseguir acertar. Neste caso, pode ser que, acima do problema de não ouvirmos nossa consciência, esteja o fato de que ela não está ouvindo a Pessoa certa com precisão.

Precisamos de uma voz clara e coerente. Precisamos de precisão. Ouvir o que Jesus Cristo fala ao coração, por meio da fé,  nos possibilita ouvirmos nossa consciência sem pessimismo exagerado e sem otimismo irreal. Antes, uma voz real falando sobre a vida real.  Desta forma, possivelmente conseguiremos também ajudar outros a ouvirem a Voz certa e fazerem da voz de sua consciência um discurso de amor em ação.

E não é preciso de um gravador. Basta a Graça, gravada no coração.



 P. Lucas André Albrecht

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