Diagnósticos

“Criamos um sistema de diagnóstico que transforma problemas cotidianos e normais da vida em transtornos mentais.”
 
Esta é uma das afirmações contundentes de Allen Frances, que dirigiu por vários anos o Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM), documento que define e descreve as diferentes doenças mentais.  Apontando uma inflação diagnóstica que causa muito dano, especialmente na psiquiatria infantil, indica que fármacos são, sim, importantes para transtornos mentais severos. Mas, segundo Frances, “o excesso de medicação causa mais danos que benefícios. Não existe tratamento mágico contra o mal-estar”. A entrevista toda está aqui.
 
Tudo agora é doença. Se estou triste ou chateado, deve ser depressão. Se como um pouco demais, é transtorno alimentar. Se costumo ser animado ou agitado, devo ser hiperativo. E com uma população tendo acesso a nomes e descrições genéricas, sem real e profundo conhecimento do tema, temos milhões de médicos receitando, com rapidez, transtornos, síndromes e tratamentos.
 
Curiosamente, a única doença que, de fato, todos têm dentro de si, cujo diagnóstico é definido e cujos sintomas e consequências são nefastos, esta poucos,ou ninguém, quer admitir que tem. Já está mapeada e é conhecida pelo nome cientifico de Pecado. Pode ser associada também a erro, desvio, imperfeição. Mas está lá, desde o nascimento, e se desenvolve por toda a vida. Só que, então, não queremos aceitar a constatação. E frases como “Eu erro como todo mundo”, “não me arrependo de nada do que fiz “ e “pago em dia minhas contas,não mato e não roubo” parecem ser o comprimido mágico mais do que suficiente para saná-la, controlá-la ou eliminá-la.
 
Não é assim. Não existe tratamento mágico contra este estar-mal. O que existe é tratamento gratuito.
 
Um tratamento eficaz, consistente e duradouro. A cura para esta doença foi extraída do sangue -  o sangue mais perfeito que já circulou na Terra. Uma cura que nenhuma industria de fármacos teria condições subsidiar, fabricar e vender. E que é estendida absolutamente de graça, por meio de um receptor de duas letras – Fé. Jesus Cristo não mediu esforços e designou meios para que tanto o diagnóstico da doença como a noticia da cura cheguem a cada vez mais pessoas. Especialmente, as que ainda não sabem que são doentes.
 
Uma cura que nos leva além de não matar, não roubar e pagar as contas em dia. Garante vida completamente nova.
 
 
((P. Lucas André Albrecht)

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