Depende do ponto de vista
por Marcos Schmidt
Ao pisar
na Lua naquele 20 de julho de 1969, Edwin Aldrin fez uma descrição intrigante:
“Um lugar tão desolado, tão completamente sem vida”. Segundo consta, Aldrin
deixou uma pequena placa na Lua com o Salmo 8, que oferece uma confissão
comprometedora a um explorador da Nasa: “Quando olho para o céu, que tu
criaste, para a Lua e para as estrelas, que puseste nos seus lugares – o que é
um simples ser humano para que penses nele? (...) No entanto, fizeste o ser
humano inferior somente a ti mesmo (...) Tu lhe deste poder sobre tudo o que
criaste; tu puseste todas as coisas debaixo do domínio dele”.
Dizem os
astronautas que a visão da Terra lá de cima é uma experiência arrebatadora. Mas
não é preciso ir às alturas para ver as belezas aqui em baixo. E nem duvidar de
que isto é obra do mesmo Deus que um dia desceu para fazer da Terra um lugar
diferente da Lua, isto é, com vida. Mas isto depende do ponto de vista. Como,
por exemplo, ver o arco-íris, que é um reflexo da luz do sol causado pelas
gotas da chuva. Dependendo da posição ocupada, a pessoa não vai perceber o
fabuloso colorido no céu. Em Gênesis, o Criador diz que o arco-íris é o sinal
da aliança que ele fez com todos os seres vivos da terra. O texto explica:
"Não haverá outro dilúvio para destruir todos os seres vivos". No
Novo Testamento, o apóstolo fala desse dilúvio para comentar outra aliança:
"Aquela água representava o batismo, que agora salva vocês (...) o
compromisso feito por Deus" (1 Pedro 3.21). Nesse caso, o compromisso
divino é a salvação “por meio da ressurreição de Jesus Cristo” (3.22). Mas que
também, por conta da posição, pode estar escondido ou revelado.
Nesta
semana o famoso cientista Stephen Hawking
(aquele que virou filme) lançou um grandioso projeto para buscar vida
extraterrestre. Mas, e se não
encontrarem nenhum sinal? Tudo depende do ponto de vista. Ou como diz o Salmo
cravado na Lua: “Ó Senhor, nosso Deus, a tua grandeza é vista no mundo
inteiro”.
Rev. Marcos
Schmidt
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