Desculpa....mesmo?

Pense quando foi a última vez em que você viu alguém que admitiu um erro e pediu desculpas, ou perdão.
Pense na última vez em que você fez isso.
Mas não pense em: “Me desculpe, mas...”
Nem em: “Posso ter errado, só que...”
Nem ainda: “Eu errei porque...” ou “Errei mesmo, e daí?”
Muito menos: “Tá bem, então, se você quer que eu admita/assuma, eu assumo, pronto. Errei. Desculpa. Tá bom assim?”
Somente: Errei. Desculpe.
Ponto.
São só duas palavras. Mas duas das mais difíceis de serem pronunciadas, escritas, textadas, postadas sem complemento. Quem sabe até pensadas.
Tudo porque faz parte de nossa imperfeição acreditar que reconhecer erros é sinal de fraqueza. Pedir desculpas é para os fracos. Admitir um erro é ficar em desvantagem na selvagem luta por espaço, promoção, atenção, dinheiro, poder, influência.... Talvez, ainda, porque admitir um erro nos faz crer que o outro pode pensar: “se ele errou aqui, em que mais já errou ou vai errar?” E nossa honra, carreira ou reputação podem estar em jogo.
No entanto, reconhecer um erro e pedir desculpa só seria para os fracos se fosse algo fácil de fazer. Pois o que é fácil de fazer, qualquer um faz -  até os fracos.
Só que... não somos todos fracos? Sim, somos. Todos, sem exceção. Neste ponto, entra o autor bíblico para dizer: “quando sou fraco, aí é que sou forte”. Aquele que, diante de Deus, se sabe fraco, torna-se forte por causa Dele. Porque Aquele que parecia fraco, Jesus Cristo, fez o que nem o mais forte conseguiria fazer. Ele é quem dá a força que leva, diariamente, ao arrependimento sincero e à fé firme no perdão e recomeço.
Mostrando que desculpar-se, pedir perdão, tentar mudar, tentar fazer melhor, isso é para os fortes.

Ou seja, aqueles fracos que são fortalecidos pelo Seu amor.


P. Lucas André

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