Continuar errando?

Outro dia visitava o perfil do Facebook de uma pessoa que, entre outras coisas, está com dificuldades frente à justiça. Lá pelas tantas, em um longo post, surgiu a expressão: “Sim, eu erro, e vou continuar errando, pois sou um ser humano e...”, seguindo, então, suas justificativas para algumas atitudes.

Fiquei pensando: de fato, a frase em si é certa. Você, eu, todo mundo erra. Vai continuar errando. Não tem jeito, somos humanos demais.

Por outro lado, me veio à mente também que esta frase é genérica demais. Ela precisa ser mais especifica. Caso contrário, corremos o risco de utilizar este argumento em contextos para apenas justificar nossos erros. Pensemos: “Eu erro, sou humano, vou continuar errando”, pode dizer o político corrupto. Pode falar o homem que bate na mulher. Pode justificar o vândalo que sai às ruas para depredar. O jovem que entra nas drogas. E por aí vai.

Precisamos ser mais específicos. Se sabemos que erramos, que temos um vicio, um defeito, precisamos admitir exatamente isto. Não precisa ser em praça pública, mas pelo menos em nossa consciência, diante de Deus. Para realmente nos arrependermos e começarmos a mudar. Tendemos a achar que admitir um erro é fraqueza, quando na verdade, errar é que é. Admitir o erro e confiar no perdão de Deus é ser fortalecido, para continuar a viver.  Jesus Cristo nos dá  fé, perdão e recomeço, e de graça, para lembrarmos que sempre vamos ter dificuldades frente ao que é justo e correto, mesmo sem querer. Então, os erros que dá pra não querer, podemos tentar não querer de fato. Para não ficarmos somente no tratamento genérico, mas cuidarmos do nosso coração de forma especifica.


Tratamento que é eficaz sempre. para os erros de todo e qualquer ser humano.


P. Lucas André

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