Prêmio
Na entrega dos Emmy Awards de
2007, a
comediante Kathy Griffin, no discurso de aceitação de seu prêmio, disparou a
frase: “Suck it Jesus. This is my God, now”.
Numa tradução amenizada: “Não estou
nem aí pra você, Jesus. Isto aqui é meu deus
agora.”
A fala completa dela foi: “Veja, um
monte de gente sobe aqui e agradece a Jesus por este prêmio. Eu quero que
saibam que ninguém tem menos a ver com isto do que Jesus. Ele não me ajudou
em nada. Se
dependesse dele, Cesar Millan estaria aqui com aqueles malditos cães. Então,.. “
e aí veio a frase deselegante, ofensiva até.
Se bem que xingar a Jesus Cristo num
pais democrático ocidental é um ato fácil de ‘coragem’. Ela não seria tão
corajosa falando de Maomé em um país muçulmano.
Mas o ponto aqui não é ficar
irritado com a declaração de quem, em ultima análise, não tem qualquer
autoridade para falar sobre Cristo e a fé cristã. Mas destacar que, em parte,
pode ser reação a uma concepção errônea sobre a Bíblia, muito difundida em
nossos dias. E, pior, se formos verificar, boa parte da culpa é de igrejas
'cristãs' que a espalham. Refiro-me ao “se você tiver fé em Jesus, será um
vencedor".
Primeiro, esta concepção está errada
porque quem tem fé, não será, e sim, já
é mais que vencedor. A vitória do cristão é a de Cristo, e já é certa
e segura. Ninguém pode arrancá-la das mãos.
Segundo, porque normalmente seu
referente são as vitórias humanas, tais como jogo de futebol, vaga de emprego ou
um Emmy award. Só que não existe qualquer referência bíblica que justifique
correlação matemática perfeita entre fé em Jesus e vitória em competições
humanas. Mesmo que sejam apontados personagens bíblicos e suas vitórias,
derrotas os seguem igualmente.
Entretanto, talvez o que irritou
mesmo a atriz é o fato de que cristãos genuínos, ao receber um troféu ou um
prêmio, reconheçam que existe alguém maior que eles, que concede vida, dons,
talentos e capacidades para disputa. E resolvem agradecer a este Alguém. E,
ainda, que na platéia ficam sentados cristãos, ‘perdedores’ pelos padrões
humanos, mas agradecidos igualmente a Cristo por serem quem são e poderem fazer
o que fazem.
Por isso, Kathy até que tem razão. O
jesus que ela conhece e construiu - e que não tem qualquer relação com o Jesus
da História -, este não tem nada a ver com o seu prêmio. Griffin pode curtir seu
‘deus’ da maneira que a fizer feliz.
Mas se quiser conhecer o Jesus
verdadeiro, e o prêmio que ele tem para oferecer, não há dúvida de que ela será
uma das contempladas.
E, então, conhecerá o porquê de
tanta gente fazer questão de agradecer.
Rev. Lucas André
Albrecht
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