Desculpa
A palavra “Desculpa” tem sofrido uma
variação interessante em seu uso e sentido em determinadas
ocasiões.
Por exemplo,
ao emitir uma opinião. Alguém diz “olha, me desculpe, mas eu vou dizer o que
penso”. Só que, em princípio, não existe erro em emitir opinião pessoal e ser
sincero. Por isso, se vamos falar com propriedade e conteúdo, não deveria haver
motivo para pedirmos desculpa.
Por outro
lado, quando um erro efetivamente acontece a palavra ganha acompanhantes,
especialmente o “talvez”, o “se” e o “mas”. Por exemplo: “Tudo bem, talvez eu
tenha errado, me desculpa, mas…” “Se eu errei, me desculpa, mas…”. Só que, em
muitas destas situações, percebe-se ausência de arrependimento verdadeiro e, em
seu lugar, uma justificativa ou tentativa de minimizar o erro
cometido.
O Rei Davi,
no Salmo 51, foi direto ao ponto. E colocou a desculpa no lugar apropriado: o
momento em que reconhecemos um erro e queremos pedir perdão. Ele tinha caído em
grave pecado contra Deus e foi repreendido pelo profeta Natã. Então,
arrependido, escreveu este Salmo de reconhecimento de seu pecado e de pedido
sincero de desculpas diante de Deus.
O salmista
nos auxilia a não termos medo de nos desculpar. Além disso, seu pedido também
pode ser o nosso: cria em mim um novo
coração. É para isso que a Lei de Deus nos conduz ao pedirmos
desculpa: o anúncio evangélico do perdão e o novo coração que só Jesus Cristo
pode dar.
Desta forma,
podemos também desculpar e pedir desculpas ao nosso semelhante em nossa vida
diária, sem medo de utilizar as palavras em seu sentido apropriado:
arrependimento, desculpa. Fé. Perdão. Amor. Vida!
(Reflexão
publicada por Hora
Luterana)
Rev. Lucas André
Albrecht
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