Cuidado e atenção
Esta semana assisti a um belo vídeo na internet. Um filhote de cachorro
aprendendo a descer a escada e, para isso, sendo ajudado por outro cão. Lindo
mesmo, valeu a pena assistir.
O que não valeu tanto a pena foi
constatar novamente comentários, e não poucos, agredindo o homem e engrandecendo
os animais. Não apenas neste vídeo, mas em muitos outros, existe uma tendência
que não é tão fraca assim em vídeos de cenas “fofas”: glorificar o animal e
apedrejar o ser humano.
As manifestações de ódio, agressão e
violência são indiscutíveis, estão aí (ainda que sempre ganhem mais manchetes
porque vendem mais). Mas é impossível não constatar as milhares, milhões de
cenas, gestos, ações do ser humano na direção do próximo. Instituições, redes,
ONGs, igrejas, associações... existem milhões de pessoas no mundo todo, neste
exato momento, planejando como ajudar seu próximo e entrando em ação.
E muitas delas às custas de luxo,
conforto e até segurança pessoal, fazendo um trabalho que dinheiro nenhum no
mundo consegue pagar. O que acontece é que nem sempre estas cenas são filmadas.
Ou, quando são, não conseguem ganhar o mesmo destaque e, por conseqüência, a
mesma audiência que o que há de ruim consegue receber. Audiência, por sinal,
dada pelos próprios seres humanos, e não por gatos, cavalos ou
cães.
Jesus Cristo se fez ser humano e
agiu na direção do ser humano para que, com fé, ele olhe para Deus como Criador
e para o próximo como criatura, obra de Sua mão, objeto do Seu amor. E, desta
forma, invista em respeitar o outro ser humano bem como todas as obras da
criação. Está ao alcance das mãos valorizar os animais, as plantas, a natureza.
E é ainda mais clara a necessidade de tratarmos com respeito aquele que, por ser
humano, é nosso igual. Não é questão de um ou outro, mas sim de outro e um serem alvos de cuidado e
consideração.
Mesmo que o vídeo não vá para o
Youtube e não ganhe milhões de ‘gostei”, agir desta forma sempre vale a pena. A
atenção mais preciosa, o olhar do Pai, já está garantida.
E impulsiona a mais
ação.
Rev. Lucas André
Albrecht
Comentários