Festa: Natal, Ano Novo
A cada ano, nesta época, temos
renovados não só os votos de Feliz Natal, paz, amor e harmonia, etc.... O pacote
sempre contém também os já tradicionais ataques à data. Desde ao “consumismo
desenfreado, ‘busca frenética por presentes”, gastos e compras, expectativas,
até às comidas tradicionais e ao convívio em família. A crítica está ficando
séria, a ponto de alguns considerarem um Natal um período depressivo. Já o Ano
Novo, este sim seria o momento da euforia.
Tudo bem, concordo que às vezes há
um certo exagero no Natal. Mas por que a crítica não acontece contra o Ano
Novo?
Ou na virada do ano também não há
busca desenfreada por consumo, gastos, roupas, comidas, objetos? Pensando bem,
por que é menos ‘consumista’, por que é mais digno, gastar dinheiro com fogos do
que com presentes de Natal? Pode ser considerado mais aceitável correr para
preparar a festa que, não raramente, se passa rodeado de estranhos do que o
agito para celebrar uma ceia com as pessoas mais próximas? É menos consumismo
pagar viagem, hotel, comida, bebida, roupas de determinada cor, oferendas... do
que preparar uma celebração natalina de fé, família e
amor?
Para mim, emergem algumas pistas
para entender esta diferenciação.
Primeiro, o Natal é a celebração de
que alguém fez algo por mim – Jesus. O Ano Novo, via de regra, sou eu fazendo o
que quero a respeito do ano que vem. Qual delas o orgulho humano aceita
melhor?
Outra, Natal é tempo de olhar para
dentro, para trás, encontrar coisas boas e outras nem tanto, e quem sabe ter de
enfrentá-las para superar. No Ano Novo, o barulho dos fogos e o gosto da
champanhe são um convite à euforia da consciência e ao otimismo superficial,
trazendo a ideia de que de primeiro de janeiro em diante tudo será
diferente.
Quem sabe também pelo fato de que a
fé do Natal é bem definida – Jesus Cristo. Já as crenças do ano novo são quase
tão variadas quanto as pessoas que delas participam. Assim, parece mais atrativo
uma festa onde eu defino o cardápio do que celebrar algo que já nos foi entregue
assim, e que não muda – ainda que se renove a cada
ano.
Cada um tem o direito de gostar da
festa que mais lhe apraz, disto não há dúvida. O que também não pode deixar
dúvida nenhuma é que o Natal, em seu sentido real, é festa que merece ser
festejada. Abraçada, vivida, compartilhada, com o melhor que estiver ao nosso
alcance, sem culpa. Gastamos dinheiro com tanta futilidade. Porque não investir
em algo que realmente vale a pena?
Depressão, esta não-convidada, até
pode aparecer no período natalino, sim; como também em qualquer dia do ano novo.
Fundamental é lembrar e crer que
Jesus Cristo apareceu naquele primeiro Natal para nos dar a certeza diária:
viver com Ele é sempre ter muito para festejar.
Rev. Lucas André
Albrecht
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