Falácias da Superinteressante


Já tinha assinatura, mas cancelei quando a Superinteressante fez parceria com Richard Dawkins para acabar com o cristianismo. 

A revista usa sutilmente sua influência do mesmo jeito que Rosemary fez no gabinete presidencial – tudo para tirar proveito de forma enganosa. Esta edição de dezembro é uma afronta não à fé cristã, mas àquilo que pretensamente se propõe a revista, o estudo científico. Bem sabem em sua esperteza que ao colocar na capa “Jesus, a verdade por trás do mito” vão conseguir meus 12 reais e de outros milhares numa tiragem extra e lucrativa. Quando citam entre tantas teorias tendenciosas que “Judas pode não ter sido um traidor”, dão créditos ao evangelho apócrifo (escrevem “Evangelho de Judas” com letra maiúscula) enquanto inescrupulosamente afirmam que “Mateus, Marcos, Lucas e João não são os autores dos evangelhos” (escrevem aqui “evangelho” com letra minúscula). 

As dez páginas propagandeadas na capa “para a verdadeira face de Cristo” são suposições de teólogos liberais e historiadores sensacionalistas, que sem qualquer comprovação científica, levam o leitor à mentira. Mencionam  até a canção “Jesus Cristo” de Roberto Carlos para fazer um gancho e afirmar que Cristo pregava um paraíso terreno. Dizem que a ideia de um reino dos céus no céu foi uma “reinterpretação” no Evangelho de João já que as profecias de Jesus de um reino político e terreno não se cumpriram, conforme promessas nos outros três Evangelhos. 

Que falácia absurda. Milhares de leitores estão recebendo um produto falsificado neste fim de ano. É fim do mundo mesmo. Estão desembrulhando um Jesus que “era só um entre vários profetas” no juízo desta “interessante” reportagem que se baseia em ideias do historiador brasileiro Chevitarese. Ele escreveu um livro onde diz que o cristianismo e a Bíblia vieram como empecilhos para o desenvolvimento da medicina, da ciência e da sociedade em geral. 

Que os editores desta revista tenham um feliz Natal. 


Rev. Marcos Schmidt
Novo Hamburgo, RS

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