Vida real

Enfim o final de um Big Brother que todos ansiávamos por assistir.

Pois este sim era, involuntariamente, um verdadeiro reality show. Trinta e três homens, confinados em um pequeno espaço por 69 dias. Tendo que enfrentar as dificuldades pessoais, de convivência, de higiene, de alimentação, de sanidade... Sem ter a certeza de quando finalmente poderiam sair do claustro.

No entanto, este era diferente. Cada um estava ajudando o outro. Animando, dando força. Provavelmente uma tensão aqui e ali, mas todos queriam que todos se dessem bem. torciam para que chegassem juntos ao fim. Não estavam em busca de outro prêmio que não fosse a própria vida. Aqui fora, todos nós querendo que, um a um, todos deixassem o confinamento com segurança para serem saudados como guerreiros, vencedores, que, de cima, receberam o resgate.

Algo que não precisa acontecer somente nos extremos. Pode acontecer na normalidade. Hoje, agora. Auxilio, paciência, tolerância. Estimulo. Compreensão. Exemplo dado pelo próprio Gran Hermano quando esteve entre nós, para realizar o resgate que só poderia vir de cima. E que nos dá a vida na qual conhecemos a profundidade do Seu amor.

O grande desejo daqueles 33 mineiros era sair da profundidade, voltar à superfície. Agora, provavelmente cada um deles não vai se contentar esta superficialidade que contamina nosso cotidiano. Vão querer viver com profundidade, priorizando o que vida tem de mais importante. Vão viver o reality show que não precisa ser manchete mundial para ser importante: a vida normal.

A vida real.

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