Estepe

Viajar de carro em férias com a família, com toda a legria e entusiasmo, pode ter um momento desagradável caso fure um pneu. Nessas horas, se não houver assistência na estrada, já sabemos o que vem pela frente. Parar o carro, sinalizar, abrir o porta malas(nos casos em que ali está ali), tirar toda a bagagem, ferramentas....

E aí lembramos de algo que estava totalmente esquecido. O estepe, agora, não apenas é lembrado como passa a ser nossa grande esperança de seguir viagem. Nesta hora, rezamos para que ele esteja em condições. Mas e se descobrimos que ele está murcho, muito gasto, ou até com um furinho que você nem tinha percebido que aconteceu? As palavras que virão a seguir talvez não possam ser ditas na frente de crianças...

Assim, às vezes, o ser humano age em relação a Deus. Viajamos milhares de quilômetros até que, de repente, “fura um pneu” e precisamos do ‘estepe”. Aí, tudo o que queremos é que ele esteja lá, pronto, preparado para ajudar. E ai dele se não estiver. Poderá levar toda a culpa por tudo de errado que está acontecendo. “Se Deus existe, porque?...” “Onde está Deus que...”? E várias alternativas de perguntas para tentar passar adiante a culpa pelos furos pessoais.

Mas Deus não age assim conosco. Não. Mesmo com nosso esquecimento, Ele permanece guiando nossos passos, enchendo nosso coração com sua graça. Conserta nossos furos com seu perdão e nos mantem no caminho que leva ao lugar certo. Viver a fé é não pensarmos em Deus como um estepe para a dificuldade, mas como o esteio de vida e do coração.

Conferir o estepe regularmente é um procedimento importante. Conferir o coração junto a Deus, constantemente, é fundamental. Porque o caminho ainda pode ser bem mais longo do que podemos pensar.


(baseado em uma devoção do Rev. Ken Klaus,da LHM)
 

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