Bem encaminhados
Sou de uma família de 9 irmãos. Em nossa casa, o amor sempre foi tônica, em suas várias manifestações. Uma delas, a disciplina - o que incluiu, entre outros gestos, a punição física. Hoje, todos estão bem encaminhados na vida, na melhor acepção desta definição. Ninguém possui qualquer sentimento negativo em relação aos pais. E todos agradecem pelo amor recebido, demonstrado de diversas formas.
Poderíamos ser pessoas diferentes sem a punição física? Talvez. Para melhor ou para pior...
Às vezes, nota-se certa concepção de que ‘amor’ refere-se apenas a expressões corporais agradáveis, palavras suaves ou sensações de euforia física. Engano. Amor não é sentimento, é principio. E,como tal, abrange vários aspectos no relacionamento com a pessoa amada. Cuidado, carinho, alegria, educação. E também correção, firmeza. Disciplina. E qual modelo de disciplina é o mais adequado? O tema é amplo, não se pode fechar em um ou dois conceitos, correndo o risco de um simplismo até anti-cientifico. Então, a punição física pode ser educativa ou não?
Está em tramitação o projeto de lei que proíbe qualquer tipo de contato físico com crianças no sentido de discipliná-las. O principal ponto positivo até agora é ter gerado discussão. No entanto, é preciso ter cuidado com os limites. Até que ponto o governo pode interferir na vida privada familiar?
Alguns pontos para reflexão:
_Ninguém, em sã consciência, é a favor de surras e espancamentos. E contra isto já existem leis. Por que motivos, então, haveria o interesse em interferir no juízo de um pai e uma mãe equilibrados a respeito do que é ou não adequado para o seu filho? Podem ser citados pesquisas e estudos, que têm alto valor formativo. Mas estão eles acima do amor, cuidado e discernimento de um pai e uma mãe - equilibrados, repito– sobre o que é melhor na condução da educação de seus filhos?
_Segundo texto da American Academy of Pediatrics (Vol 101, Abril, 1998), os pais não devem esperar argumentar racionalmente, dar comandos verbais ou reprimendas para lidar com o comportamento de crianças bem pequenas. Neste contexto, talvez não seja de todo ruim educar a criança, em amor, com uma disciplina que ela entende mais rapidamente do que a argumentação.
_Pesquisas indicam que países onde a palmada foi abolida, gerações de crianças foram educadas sem punição física e, aparentemente, não ficaram piores ou melhores que as gerações anteriores. Assim, não deveria ser um assunto em aberto usar ou não a punição física, já que os resultados são semelhantes?
_A Palavra de Deus, a Bíblia, livro base de milhões de brasileiros, não condena a punição física, antes, mantem esta alternativa com uma das possibilidades na educação de crianças.
Por fim, para citar um fator positivo, caso esta lei seja aprovada: será uma grande força na luta contra o aborto. Se o governo vier a proibir qualquer tipo de punição física - até mesmo uma palmada - em crianças já nascidas, como permitir qualquer tipo de agressão a uma criança indefesa, ainda dentro do ventre de sua mãe?
Amor. Quando este principio está presente em todos os seus aspectos na educação, não há dúvidas de que as crianças estão sendo bem encaminhadas para a vida.
(Artigo publicado no Jornal Oi, de Porto Alegre, RS)
Poderíamos ser pessoas diferentes sem a punição física? Talvez. Para melhor ou para pior...
Às vezes, nota-se certa concepção de que ‘amor’ refere-se apenas a expressões corporais agradáveis, palavras suaves ou sensações de euforia física. Engano. Amor não é sentimento, é principio. E,como tal, abrange vários aspectos no relacionamento com a pessoa amada. Cuidado, carinho, alegria, educação. E também correção, firmeza. Disciplina. E qual modelo de disciplina é o mais adequado? O tema é amplo, não se pode fechar em um ou dois conceitos, correndo o risco de um simplismo até anti-cientifico. Então, a punição física pode ser educativa ou não?
Está em tramitação o projeto de lei que proíbe qualquer tipo de contato físico com crianças no sentido de discipliná-las. O principal ponto positivo até agora é ter gerado discussão. No entanto, é preciso ter cuidado com os limites. Até que ponto o governo pode interferir na vida privada familiar?
Alguns pontos para reflexão:
_Ninguém, em sã consciência, é a favor de surras e espancamentos. E contra isto já existem leis. Por que motivos, então, haveria o interesse em interferir no juízo de um pai e uma mãe equilibrados a respeito do que é ou não adequado para o seu filho? Podem ser citados pesquisas e estudos, que têm alto valor formativo. Mas estão eles acima do amor, cuidado e discernimento de um pai e uma mãe - equilibrados, repito– sobre o que é melhor na condução da educação de seus filhos?
_Segundo texto da American Academy of Pediatrics (Vol 101, Abril, 1998), os pais não devem esperar argumentar racionalmente, dar comandos verbais ou reprimendas para lidar com o comportamento de crianças bem pequenas. Neste contexto, talvez não seja de todo ruim educar a criança, em amor, com uma disciplina que ela entende mais rapidamente do que a argumentação.
_Pesquisas indicam que países onde a palmada foi abolida, gerações de crianças foram educadas sem punição física e, aparentemente, não ficaram piores ou melhores que as gerações anteriores. Assim, não deveria ser um assunto em aberto usar ou não a punição física, já que os resultados são semelhantes?
_A Palavra de Deus, a Bíblia, livro base de milhões de brasileiros, não condena a punição física, antes, mantem esta alternativa com uma das possibilidades na educação de crianças.
Por fim, para citar um fator positivo, caso esta lei seja aprovada: será uma grande força na luta contra o aborto. Se o governo vier a proibir qualquer tipo de punição física - até mesmo uma palmada - em crianças já nascidas, como permitir qualquer tipo de agressão a uma criança indefesa, ainda dentro do ventre de sua mãe?
Amor. Quando este principio está presente em todos os seus aspectos na educação, não há dúvidas de que as crianças estão sendo bem encaminhadas para a vida.
(Artigo publicado no Jornal Oi, de Porto Alegre, RS)
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