O culpado

Interessante este texto de Milton Jung, sobre a eliminação brasileira da copa da África 2010 Ele aborda nossa necessidade de sempre encontrar alguém para levar o fardo. Em um dos parágrafos, afirma: “Precisamos sempre de um culpado, uma figura capaz de resumir nosso fracasso e nos eximir de qualquer responsabilidade, e não nos permitimos admitir a superioridade do oponente”.

Não deixa de ser verdade o fato de que parece que nossas decepções se aliviam um pouco só quando conseguimos escolher um culpado, eleger um bode expiatório. Ou se a Argentina perder de goleada no dia seguinte.

Agora, o interessante é que, naquilo que é fundamental encontramos quem levou a culpa, quem pagou por todos os erros, quem é o ‘bode expiatório”, aí resistimos. Quando se trata de nossa vida com Deus, nossa tendência é admitir a culpa e aí, por nossos próprios esforços, buscarmos pagar a conta, fazermos um grande esforço, tentarmos nos aproximar Dele e salvarmos nossa pele.

Mas justamente neste caso já existe um nome eleito - Jesus Cristo. Claro, Ele era inocente. Mas aceitou ser o “bode expiatório”, carregar sobre os ombros toda a culpa. Pregou tudo na cruz e nos deu em troca uma nova vida, com perdão, com salvação. Tirou o fardo de nossos ombros e nos deu possibilidade de jogar de um jeito diferente, com um resultado que ninguém vai reverter.

Podemos, portanto, inverter o raciocínio. Deixar de querer sempre achar um só culpado para tudo que acontece. E lançarmos toda nossa vida sobre Ele, que se fez culpado em nosso lugar para mudar tudo o que nos acontece.

Sem medo de perder.

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