Convivência


A história é recorrente em diversos níveis de relacionamento. Conseguimos dedicar atenção e amabilidade, ‘pegar mais leve’ com dezenas de estranhos e contatos durante o dia ou a semana. Mas na convivência diária com quem mais amamos a realidade não é a mesma. Mais cobrança, menos tempo, palavras mais diretas e claras. E também falta de tempo. Alguns chegam a falar, meio brincando, meio sério, em marcar horário na agenda do outro para ter instantes de atenção.

Ângulo 1: Por que somos capazes de imediatamente pedir desculpas quando esbarramos em alguém na rua, mas relutamos em pedir desculpas por, em alguns casos, apenas uma palavra inconveniente em casa? Damos a preferência a tantos no escritório, mas agimos de um modo um tanto egoísta no lar? Ou ainda, porque somos tão ‘queridos’ com outros e tão ‘cobradores’ com os de casa?

Ângulo 2: Se alguém manifesta estes defeitos na convivência, é porque esta pessoa ainda gosta de estar ali Gosta da nossa companhia. O problema seria sermos tratados com polidez por quem amamos. Isto indicaria indiferença ou o início do fim da relação. Se alguém nos cobra ou diz coisas que não diria a um estranho, e que num primeiro momento não gostamos, podemos tentar deixar para o segundo momento. E pensar que isso é sinal de ligação, preocupação e cuidado.
Tratamos bem as pessoas fora de casa porque a relação é superficial. Se começarmos a conviver com elas, não há dúvidas de que também apresentaremos as mesmas dificuldades.

Só temos atritos com as pessoas com quem nos importamos de verdade.

Há momentos em que nos queixamos de Deus, devido aos puxões de orelha que nos dá ou das atitudes que Ele toma que não nos parecem justas. Mas é melhor pensarmos mais um pouco. Ele só disciplina a quem ama. E se importa com nosso bem estar, o que inclui cuidado e também firmeza. Carinho e também direção.

Mas olhe lá, hein? Não vá usar o Toque de Vida para justificar sua falta de tempo, atenção ou palavras. Vale a pena insistir e repensar o que pode ser melhorado. Pois se mesmo sinais negativos podem ser interpretados de maneira positiva, imagine o que atos bons e positivos poderão gerar.

Já sabemos o quê: convivência de qualidade. Com as pessoas que nos importam de verdade.

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