Vida-inteira

Perto dos 40, segundo muitos, surge a crise da meia-idade. Questionamentos, dúvidas, ‘segunda adolescência’. Para muitas carreiras é o auge, para muitas vidas, tempo de novas idéias. Tempo de recomeçar ou reinvestir. Ou, quem sabe, tempo de investir em velhos sonhos, fazer o que sempre se pensou e nunca se fez.

O fato interessante é que, se 40 é meia idade, 80 seria a idade inteira. Ou um pouco além. O pressuposto é que ainda temos metade da vida pra viver. Mas nem sempre é assim... Quando é, de fato, a meia-idade?

Um passageiro do voo da Air France tinha 26 anos. A meia-idade dele, portanto, foi aos treze. Acidentes tiram a vida de pessoas aos 30, 35; ou aos 50. e 60. Podemos, então, fazer o cálculo e constatar quando foi a metade destas vidas. O que faziam eles quando estavam, sem saber, na meia-idade?

O que estamos fazendo nós agora, que pode ser também a nossa?

Não, a idéia não é assustar. È relembrar que ninguém sabe sua hora. É reforçar que cada minuto conta. É apontar a importância de não protelarmos demais o que pode não ter mais seu tempo. Mesmo que só tenhamos ainda vivido um quinto do que ainda vamos viver.

Tudo bem que, por exemplo, Jesus Cristo teve o auge de sua obra nos seus 3 últimos anos. Mas Ele já sabia para quê tinha vindo. E este ‘para quê’ envolve nossa vida. Envolve, sustenta, salva. E valoriza o hoje, o agora. O estar com Deus e o fazer com Ele. Sem meias-palavras ou desculpas inteiras. Sem dar a meia-volta diante do que assusta nem usar meias-verdades quando a Verdade inteira está perto do coração.

Podemos estar no meio, um terço, um quinto da idade que Ele planejou, não sabemos. O importante é não esperar uma suposta ‘meia-idade’ para refazer, conquistar, aprender.

Até porque Deus não se contenta em nos dar meia; é vida-inteira que Ele tem para oferecer.

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