A fé nos miolos
por Marcos Schmidt
Agora os cientistas descobriram a maneira como o cérebro ativa a fé religiosa. Isto quer dizer que a fé tem lugar específico nos miolos. Mas, o que me interessou na notícia foi uma frase que li: “Apesar de não ser possível comprovar a existência ou a ausência de Deus, o grupo de cientistas descobriu que se pode analisar a atividade cerebral desencadeada pelas crenças religiosas”. Só mesmo uma pessoa sem o uso completo do cérebro para dizer tal insensatez, de que não é possível comprovar a existência ou ausência de Deus.
Nas férias li o livro “Um ateu garante: Deus existe”. A obra, de famoso filósofo inglês, traz interessantes argumentos sobre a impossibilidade de não existir um supremo criador. Considerado o principal filósofo dos últimos cem anos, Antony Flew defendeu o ateísmo por mais de meio século - uma convicção que abraçou aos 15 anos, mesmo sendo filho de pastor. Por isto a surpresa quando em 2004 a mídia divulgou que ele havia mudado de idéia. No livro, o ex-ateu argumenta: “Minha jornada para a descoberta do Divino tem sido, até aqui, uma peregrinação da razão. Segui o argumento até onde ele me levou, e ele me levou a aceitar a existência de um Ser auto-existente, imutável, imaterial, onipotente e onisciente”.
A Bíblia diz que fé é uma obra divina e não humana (Efésios 2.8). Mas, o que dizer então desta experiência na massa cinzenta do filósofo, e agora desta pesquisa? Na verdade, não é fé, mas conclusões lógicas. E é neste ponto que o livro interessa na discussão com o ateísmo que se agarra nas saias da Ciência e sob o manto do darwinismo, para proclamar: Deus não existe e tudo surgiu do nada. Delírio, loucura, insensatez? Quem sofre deste mal? Davi dispara que irracionais são aqueles que dizem em seu coração: “Não há Deus” (Salmo 53.1). Paulo adverte que tais céticos não têm desculpa nenhuma, pois “desde que Deus criou o mundo, as qualidades invisíveis dele, isto é, o seu poder eterno e a sua natureza divina, têm sido vistas claramente” (Romanos 1.20). Ou, nas conclusões de Flew: “Minha descoberta do Divino tem sido uma peregrinação da razão e não da fé”.
Creio que os sofisticados telescópios e microscópios não estão aí por acaso – igual ao surgimento do mundo na concepção evolucionista. É uma chance do Criador. Mas, até aqui – esta fé cerebral de que existe um ser superior – isto os próprios demônios têm, e por isto tremem as canelinhas (Tiago 2.19).
E se fé é uma coisa que se vive, Jesus tem uma palavrinhas aos crentes: Se nesta época de incredulidade e maldade um cristão tiver vergonha dos meus ensinamentos, eu terei vergonha desta pessoa quando vier na glória de meu Pai – para exigir os direitos autorais (Marcos 8.38). Penso que nem é preciso de fé para dizer: “Creio em Deus Pai todo-poderoso, Criador do céu e da Terra” – porque isto a Ciência confirma. Agora, afirmar: “Creio em Jesus Cristo, seu único Filho...”, isto não vem dos miolos, vem de cima e mora no coração.
Postagem original
Rev. Marcos Schmidt
Comunidade Luterana 'São Paulo', Novo Hamburgo, RS
marsch@terra.com.br
Agora os cientistas descobriram a maneira como o cérebro ativa a fé religiosa. Isto quer dizer que a fé tem lugar específico nos miolos. Mas, o que me interessou na notícia foi uma frase que li: “Apesar de não ser possível comprovar a existência ou a ausência de Deus, o grupo de cientistas descobriu que se pode analisar a atividade cerebral desencadeada pelas crenças religiosas”. Só mesmo uma pessoa sem o uso completo do cérebro para dizer tal insensatez, de que não é possível comprovar a existência ou ausência de Deus.
Nas férias li o livro “Um ateu garante: Deus existe”. A obra, de famoso filósofo inglês, traz interessantes argumentos sobre a impossibilidade de não existir um supremo criador. Considerado o principal filósofo dos últimos cem anos, Antony Flew defendeu o ateísmo por mais de meio século - uma convicção que abraçou aos 15 anos, mesmo sendo filho de pastor. Por isto a surpresa quando em 2004 a mídia divulgou que ele havia mudado de idéia. No livro, o ex-ateu argumenta: “Minha jornada para a descoberta do Divino tem sido, até aqui, uma peregrinação da razão. Segui o argumento até onde ele me levou, e ele me levou a aceitar a existência de um Ser auto-existente, imutável, imaterial, onipotente e onisciente”.
A Bíblia diz que fé é uma obra divina e não humana (Efésios 2.8). Mas, o que dizer então desta experiência na massa cinzenta do filósofo, e agora desta pesquisa? Na verdade, não é fé, mas conclusões lógicas. E é neste ponto que o livro interessa na discussão com o ateísmo que se agarra nas saias da Ciência e sob o manto do darwinismo, para proclamar: Deus não existe e tudo surgiu do nada. Delírio, loucura, insensatez? Quem sofre deste mal? Davi dispara que irracionais são aqueles que dizem em seu coração: “Não há Deus” (Salmo 53.1). Paulo adverte que tais céticos não têm desculpa nenhuma, pois “desde que Deus criou o mundo, as qualidades invisíveis dele, isto é, o seu poder eterno e a sua natureza divina, têm sido vistas claramente” (Romanos 1.20). Ou, nas conclusões de Flew: “Minha descoberta do Divino tem sido uma peregrinação da razão e não da fé”.
Creio que os sofisticados telescópios e microscópios não estão aí por acaso – igual ao surgimento do mundo na concepção evolucionista. É uma chance do Criador. Mas, até aqui – esta fé cerebral de que existe um ser superior – isto os próprios demônios têm, e por isto tremem as canelinhas (Tiago 2.19).
E se fé é uma coisa que se vive, Jesus tem uma palavrinhas aos crentes: Se nesta época de incredulidade e maldade um cristão tiver vergonha dos meus ensinamentos, eu terei vergonha desta pessoa quando vier na glória de meu Pai – para exigir os direitos autorais (Marcos 8.38). Penso que nem é preciso de fé para dizer: “Creio em Deus Pai todo-poderoso, Criador do céu e da Terra” – porque isto a Ciência confirma. Agora, afirmar: “Creio em Jesus Cristo, seu único Filho...”, isto não vem dos miolos, vem de cima e mora no coração.
Postagem original
Rev. Marcos Schmidt
Comunidade Luterana 'São Paulo', Novo Hamburgo, RS
marsch@terra.com.br
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