Tipo de gente

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“Eu fui parte daquela estranha raça corretamente descrita como pessoas que vivem suas vidas fazendo coisas que detestam, para ganhar um dinheiro que não querem, para comprar coisas de que não precisam, para impressionar pessoas de quem não gostam”

Tomara que não seja para muitas pessoas, mas é uma frase real e aplicável, esta. Se o autor, Emile Henry Gauvreau, estava somente sendo irônico ou descrevendo exatamente seu jeito de viver, não sei. Mas conseguiu capturar em quatro afirmações algo do que se vive nos tempos modernos. Ou melhor, do que não se vive.

Não deve ser agradável uma existência descrita desta forma. Ter uma vida sem viver de fato; ter muito sem ter o que mais importa; impressionar, mas não conseguir ser admirado. A sensação de vazio aparentemente não compensa em nada toda a vida cheia das futilidades que mais parecem nos fazer cansar.

A idéia de Jesus Cristo, quando deu Sua vida por todos – mesmo quem Dele não gostava -, foi dar a oportunidade de fazermos parte de outra “raça”: os que recebem tudo de que precisam e compartilham daquilo que têm. Encontram sentido completo para suas vidas ao caminharem em fé e confiarem em Deus e descobrem que os bens que ele coloca à disposição estão dentro de um saco sem fundo. Sempre que se quer compartilhar, tem.

Neste caso, sai o ‘f’ e fica a ‘utilidade’. A fé nos faz sermos úteis, ferramentas nas mãos do Criador para que mais e mais criaturas sejam alcançadas por este amor e vivam suas vidas fazendo coisas de que gostam, para ganhar o dinheiro suficiente, para comprar coisas de que precisam, para agradecer Àquele de quem mais gostam.

É deste tipo de gente que Deus gosta.
Gente.

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