Manchetes
Em tempos como estes, as manchetes nos assustam. Os temas que elas abordam podem gerar um certo medo do futuro. Crise na economia. Queda nas bolsas. Dinheiro escasso. Futuro incerto.
Sejam elas escritas, faladas ou até as que ‘ouvimos falar’. Aliás, estas normalmente são as mais populares. “Você ouviu falar que vai ser uma quebradeira geral?” “Ouvi dizer que o salário não vai sair”. “Olha, pelo que ouvi dizer, a coisa vai ficar feia”. “Pelo que se ouve por aí, não vai ser nada fácil”.
Dá pra ficar preocupado, de fato, em face de crises como esta. E tantas outras. Afinal, não sabemos do futuro, não alcançamos o passado e temos dificuldades para controlar nosso presente. O medo e a preocupação, portanto, acabam sendo companhias de muitas horas. Para alguns, de todas.
Mas, se nos deixamos abalar demais pelas chamadas do momento, o problema está em esquecermos de que já conhecemos a principal característica das manchetes: elas vão embora. Terminam. Evaporam. São substituídas por outras. Caem para a nota de rodapé. Se nossa memória nos ajudar, foram inúmeras as que passaram por nossos olhos e ouvidos, deram adeus, e aqui estamos nós, seguindo nossas vidas. Arranhados muitas vezes, machucados em outras, mas vivendo, ou sobrevivendo, e seguindo olhando para cima e para frente.
Esta é a hora de tirar do rodapé e trazer para a chamada principal o que Deus nos ‘mancheteia‘ e informa já há muito tempo. Sou sempre o mesmo. Eu darei ordens aos meus anjos a teu respeito para que te guardem. Eu estou contigo por onde quer que andares. Até o fim de teus dias eu te carregarei em meus braços.
As Suas palavras não são apenas de se ‘ouvir dizer’ - estão registradas nas páginas da Bíblia. Farol seguro para qualquer navegação, sinal sempre forte que garante cobertura em qualquer região. O lastro onde nossas ações repousam seguras. A âncora que impede crise alguma de nos arrastar. Vale a pena permanecer nesta fé.
Pois as manchetes vão diminuir. Sempre diminuem. E passam.
Deus, não.
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