Crítica injusta

Você está lá, firme no seu trabalho. Não sem defeitos, mas, pelos resultados, seguindo pelo caminho adequado. E, de repente, vem ela vem. Forte, impensada, até certo ponto cruel. A crítica injusta. Se um comentário tem seu sentido, a nossa humildade nos manda aceitar e procurar corrigir. Mas quando ele vem de forma destemperada e desembasado da realidade, aí é dificil conseguir não se frustrar.

No entanto, não é preciso entrar em crise. Depois da tristeza, podemos olhar para meios de enfrentar a situação.

Podemos começar pela palavra, ‘injusta’. Ela já aponta a melhor ação para com este conteúdo: ignorar. Deixando de levar em conta o que foi dito, por sabermos não ter pé na realidade, deixamos também de acender o fogo da ira ou abrir o buraco da frustração em nosso coração. E conseguimos mais tempo para pensar de maneira equilibrada e com razão.

O que nos leva ao segundo ponto. Olhar para o todo, e não apenas para o conteúdo infeliz, nos faz enxergar que, afinal, pode haver algo de bom a ser tirado da situação, Um ângulo novo, um jeito diferente, uma forma de melhorar o que pode já está bom. No quadro mais amplo, sempre pode haver uma figura não notada, que nos dá uma nova visão.

E, ainda, este pode ser um momento de sorrir, olhar pra cima, e agradecer a Deus. Pode parecer estranho, mas é possível. Pois se nosso trabalho atrai comentários, até mesmo os mais longes do chão, é sinal de que ele está de fato, seguindo em clareza, competência e propriedade. Quando os comentários acontecem, apontam para a verdade de estarmos cumprindo bem com nossa função. E então a fé nos move a sermos gratos porque os dons que Deus nos deu estão sendo trabalhados por mãos, pés, mente e coração.

Ignorar, então observar e, por fim, agradecer. Não há crítica injusta que esta postura ajustada não consiga supreender.

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