um copo de suco
Todas as quartas-feiras almoçamos juntos, em virtude do trabalho. Normalmente chego primeiro à mesa e começo a almoçar. Após chegar, ele deixa o prato e vai pegar um copo de suco. Na volta, não traz apenas o seu, mas sempre traz dois, um a mais. Para mim.
É invariável, toda quarta em que almoçamos juntos, acontece.
Eu nunca falei nada, e creio que ele vai ficar sabendo apenas por este email. Mas na verdade, nos outros dias da semana, nos quais ele não está presente, eu nunca tomo nada enquanto como. Nunca.
A não ser na quarta-feira. Pois não dá pra não receber com alegria tal gesto de alguém que traz um copo de suco, querendo tão somente ser gentil. Quando começou, há quatro anos, até pensei em falar. Mas com o tempo, apenas resolvi apreciar. Um gesto de consideração assim - e sendo também vindo do meu chefe - tornou-se uma grande alegria poder aceitar.
Agora tomo suco toda quarta-feira. E com muito gosto.
O mundo anda cheio de gestos que agridem, sufocam, deprimem que talvez por isso os que nos trazem bem se destacam em nossa vista, como uma via alternativa em meio ao trânsito infernal. Ainda que sejam pequenos, corriqueiros, sem nada muito a ver. Com o tempo, podem superar o seu próprio tamanho. Pois não é o gesto. È o rosto, o sentido, o agir com o coração.
Seja um copo de água, abrir a porta do carro, levar café na cama ou dobrar a roupa passada. Transformam-se de plaquinhas de gentileza em outdoors de bom relacionamento, vontade de acertar, carinho, coragem de realizar aquilo que alguém poderia considerar menosprezo, rebaixamento ou difícil demais de estender.
Como o gesto de Jesus, que mesmo imenso, foi entendido somente como humilhação por muitos de seu tempo. Mas que se converte no grande agente de mudança em nossa vida. Começando pelo perdão, passando pelo coração, e indo até aos pequenos hábitos do dia-a-dia, que podem ser levados a um outro jeito, uma outra atitude, um novo lugar.
E que podem ser percebidos e valorizados em muitos momentos. Desde um copo de suco, até um contêiner de consideração.
É invariável, toda quarta em que almoçamos juntos, acontece.
Eu nunca falei nada, e creio que ele vai ficar sabendo apenas por este email. Mas na verdade, nos outros dias da semana, nos quais ele não está presente, eu nunca tomo nada enquanto como. Nunca.
A não ser na quarta-feira. Pois não dá pra não receber com alegria tal gesto de alguém que traz um copo de suco, querendo tão somente ser gentil. Quando começou, há quatro anos, até pensei em falar. Mas com o tempo, apenas resolvi apreciar. Um gesto de consideração assim - e sendo também vindo do meu chefe - tornou-se uma grande alegria poder aceitar.
Agora tomo suco toda quarta-feira. E com muito gosto.
O mundo anda cheio de gestos que agridem, sufocam, deprimem que talvez por isso os que nos trazem bem se destacam em nossa vista, como uma via alternativa em meio ao trânsito infernal. Ainda que sejam pequenos, corriqueiros, sem nada muito a ver. Com o tempo, podem superar o seu próprio tamanho. Pois não é o gesto. È o rosto, o sentido, o agir com o coração.
Seja um copo de água, abrir a porta do carro, levar café na cama ou dobrar a roupa passada. Transformam-se de plaquinhas de gentileza em outdoors de bom relacionamento, vontade de acertar, carinho, coragem de realizar aquilo que alguém poderia considerar menosprezo, rebaixamento ou difícil demais de estender.
Como o gesto de Jesus, que mesmo imenso, foi entendido somente como humilhação por muitos de seu tempo. Mas que se converte no grande agente de mudança em nossa vida. Começando pelo perdão, passando pelo coração, e indo até aos pequenos hábitos do dia-a-dia, que podem ser levados a um outro jeito, uma outra atitude, um novo lugar.
E que podem ser percebidos e valorizados em muitos momentos. Desde um copo de suco, até um contêiner de consideração.
Comentários
representa enquanto Pastor. Preciso pedir permissão para não economizar palavras!
Gosto muito de ler suas matérias! São realmente Brilhantes! Com um toque de sutileza, mais um tanto de talento (não quero diminuir nada), um empenho excepcional com o uso da palavra! Realmente gosto muito de ler suas matérias, são sempre muito apropriadas!
Que Benção para o senhor, ter uma criatividade e uma intimidade com as palavras, realmente elogiáveis!
Pegando outra matéria anterior e a de hoje, posso dizer que, a sua conclusão de ser insubstituível, é a mais correta afirmação, (que, diga-se de passagem, somo todos insubstituíveis) e a matéria do reconhecimento de gestos explica realmente porque, sempre leio suas matérias, e quando tenho um entendimento, que acho apropriado, gosto muito de contribuir!
Porque o “gesto” que o senhor faz de escrever suas matérias, até podem ser realmente automáticas, mais uma rotina de seu dia. E porque de fato este é um de seus ofícios. Mas tenha certeza, o dia que o senhor não escreve, todos sentem muita falta! Mesmo que sua matéria esteja lá, e não temos oportunidade de comentar! Já é pra mim um hábito! Iniciar o dia lendo “Toque de vida”.
Até!
“A gente se vê!” (Pr.Lucas)
Grande abraço,