Concertos diários

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Você já notou que existem jeitos diferentes de se olhar para uma mesma letra de música?
Por exemplo: leia o trecho abaixo:

Eu tenho tanto
Pra lhe falar
Mas com palavras não sei dizer
Como é grande o meu amor por você.

Nunca se esqueça nenhum segundo
Que eu tenho amor maior do mundo
Como é grande o meu amor por você.


Agora, este:

O sol se ponto ali perto
Lápis e idéia na mão
Talvez quisesse um papel
pra passar pro violão
O dia entrou noite adentro;
o café sobre o balcão.
Um rio de luz inspirando,
uma letra um som um refrão
Inverno, não ficou no coração,
eterno amor, sei que muitos o verão
Só expresso assim porque
Cristo em mim fez o sol nascer.


Aposto que o primeiro trecho você leu diferente. Isso porque conhece a música (se não conhece esta, pense em qualquer uma do seu repertório). Então, de alguma forma, ele já foi meio cantado em pensamento, ou ao menos lido na métrica da canção. É quase inevitável. E, se estivesse faltando qualquer palavra, notaria imediatamente.
Já o segundo, você não conhece. Se está completo e correto, não há como saber. Apenas dá pra ler e ficar imaginando, ‘como será que se canta essa letra?”

Dependendo do quanto conhecemos a música, o seu toque é diferente.

Dependendo do quanto conhecemos alguém, conseguimos entender melhor suas dificuldades. Suas angústias. Evitamos o julgamento precipitado e temos mais chance de ajudar. Dependendo do quanto nos conhecemos, podemos agir de uma forma receptiva. Ou então, com completo estranhamento. Não fazemos nem idéia de como tocar.

Dependendo de como lemos as palavras que Deus dirige à nossa vida, também. Quando estamos dentro do contexto da fé, soam com uma melodia certa, que dá vontade de cantar, que gruda no ouvido e não sai do coração. Palavras de um amor maior do mundo; da mão que nos guia, das letras que inspiram, da voz com mansidão.

O que faz diferença para os concertos diários, que de fáceis não têm nada. Cheios de dissonantes, acordes complicados, temas complexos. Mas que sempre têm um jeito de serem resolvidos. Porque o centro tonal da vida com Ele é cheio de notas que impulsionam a vida e alimentam o coração.

Conhecendo cada dia mais sua Letra, chegamos á inevitável conclusão: nosso Deus toca. Toca muito.

Comentários

Unknown disse…
De fato seguindo um pouco esta linha de pensamento, ontem à noite no culto de quintas-feiras no centro, o Pr.Ângelo referia algo como sons e seus reconhecimentos, mesmo sem ser realmente visualizada a cena.
Então o Pr. Pergunta será que, nos dias de hoje reconheceríamos o som da voz de Deus? Então eu disse que seria um tanto difícil, porque nunca em toda minha vida, não lembro de ter escutado tal som! Mesmo porque até hoje, ainda seria impossível!
De outra forma, reconheço o som da voz de meus filhos sem ao menos ver quem está falando! Interessante! Cheguei à conclusão que: o mais importante de tudo primeiro é conhecer a história de nosso Redentor. Estarmos certos e crer em Sua Palavra! Conhecer mais e mais suas obras, sua vida! Pois tendo toda esta certeza e todo o conhecimento possível, quando chegar à hora tenho certeza que reconhecerei! (mesmo que em outro idioma, por exemplo, esta melodia de Roberto Carlos que mesmo em inglês, sabemos que música é e o que a letra diz, não é mesmo!).
Bom Find!
Até!
“A gente se vê!” (Pr.Lucas).
Lucas Albrecht disse…
Obrigado pela reflexão, zanella.
òtimo fim de semana igualmente,

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