ocupação
Ele vinha passando, indo de um lugar para o outro, correndo para mais uma atividade. Já não bastasse a manhã cheia de atividades, a tarde parecia cada vez mais curta. O dia.
Pra falar a verdade, as semanas estavam parecendo ter só quatro dias.
Ao passar, viu dois jovens sentados, à sombra, tomando um chimarrão. Aparentemente calmos, serenos. “curtindo a vida”.
-Ah, eu queria poder fazer isso a tarde inteira – foi o primeiro pensamento.
Mas a medida em que seguiu caminhando para a próxima tarefa, veio um segundo. E um terceiro.
_Será que é tão ruim ter tanto trabalho?
_Será que eu agüentaria ficar mesmo a tarde inteira sem o que fazer?
_E se agüentasse, seria com calma ou acumulando ansiedade e tensão pelo ‘fazer nada’?
E mais alguns, correlatos. E imediatamente ele se deu conta de que era uma das pessoas mais abençoadas do mundo, porque tinha a lhe esperar vários emails, planejamento, agenda, ligações, vários relatórios... Trabalho. Ocupação. Vida.
Pode haver exceções. Os preguiçosos com orgulho são uma delas, mas creio serem a minoria. O mais certo é que tempo demais para não fazer nada começa a cansar. Ansiar. Prejudicar. Sem falar no que uma mente desocupada consegue planejar de maldades ou besteiras. E não estou falando da mente do outro. Começo pela minha.
Deus mesmo inventou o trabalho, lá no Éden, criando dois jardineiros. Poderíamos quem sabe denominá-los também biólogos, zootecnistas, administradores ou outra qualificação atribuída a eles. Mas trabalho. Ocupação.
Concordo, em nossos dias, o excesso tem prejudicado nosso jeito de viver, de pensar, de se concentrar. Sem falar no jeito de se relacionar, conosco mesmo e com o próximo. Mas é bom poder se ocupar. Exercitar os talentos e habilidades. Produzir. Quem está desempregado ou sem trabalho que o diga. Não é tão divertido assim passar horas tomando chimarrão, olhando televisão ou pensando, ‘será que vou conseguir um trabalho’?
Não digo que alguém vai viver agradecendo pelas incomodações, atrasos, brigas, acúmulo de funções – até porque trabalhar traz muitas coisas boas, não só ruins. Mas que elas nos auxiliam a mantermos nossa vida em foco, não dá pra negar.
E ainda nos fazem valorizar ainda mais as horas que temos para a sombra e o chimarrão.
Pra falar a verdade, as semanas estavam parecendo ter só quatro dias.
Ao passar, viu dois jovens sentados, à sombra, tomando um chimarrão. Aparentemente calmos, serenos. “curtindo a vida”.
-Ah, eu queria poder fazer isso a tarde inteira – foi o primeiro pensamento.
Mas a medida em que seguiu caminhando para a próxima tarefa, veio um segundo. E um terceiro.
_Será que é tão ruim ter tanto trabalho?
_Será que eu agüentaria ficar mesmo a tarde inteira sem o que fazer?
_E se agüentasse, seria com calma ou acumulando ansiedade e tensão pelo ‘fazer nada’?
E mais alguns, correlatos. E imediatamente ele se deu conta de que era uma das pessoas mais abençoadas do mundo, porque tinha a lhe esperar vários emails, planejamento, agenda, ligações, vários relatórios... Trabalho. Ocupação. Vida.
Pode haver exceções. Os preguiçosos com orgulho são uma delas, mas creio serem a minoria. O mais certo é que tempo demais para não fazer nada começa a cansar. Ansiar. Prejudicar. Sem falar no que uma mente desocupada consegue planejar de maldades ou besteiras. E não estou falando da mente do outro. Começo pela minha.
Deus mesmo inventou o trabalho, lá no Éden, criando dois jardineiros. Poderíamos quem sabe denominá-los também biólogos, zootecnistas, administradores ou outra qualificação atribuída a eles. Mas trabalho. Ocupação.
Concordo, em nossos dias, o excesso tem prejudicado nosso jeito de viver, de pensar, de se concentrar. Sem falar no jeito de se relacionar, conosco mesmo e com o próximo. Mas é bom poder se ocupar. Exercitar os talentos e habilidades. Produzir. Quem está desempregado ou sem trabalho que o diga. Não é tão divertido assim passar horas tomando chimarrão, olhando televisão ou pensando, ‘será que vou conseguir um trabalho’?
Não digo que alguém vai viver agradecendo pelas incomodações, atrasos, brigas, acúmulo de funções – até porque trabalhar traz muitas coisas boas, não só ruins. Mas que elas nos auxiliam a mantermos nossa vida em foco, não dá pra negar.
E ainda nos fazem valorizar ainda mais as horas que temos para a sombra e o chimarrão.
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