Quando tirar a vida?
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O governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, em entrevista,determinou quando é a melhor hora de tirar certas vidas humanas: dentro do útero materno. Pois, se evoluir e sair dele, e isto acontecer em uma região pobre, estes pequenos vão crescer, ficar violentos e tirar outras vidas, de quem já conseguiu escapar do útero de sua mãe.
Parece ter virado rotina no Brasil. Quem paga pela demora do poder público em gerar soluções sociais, são os mais fracos. Não bastasse nós, que já estaamos aqui fora, agora parece que o preço também deveria ser cobrado de quem nem ainda conseguiu vir à luz.
Não vou entrar no mérito se "rico é que gosta de probreza, pobre gosta de luxo", se o líder da Rocinha não viu nada demais nestas declarações. Neste caso, considerações sociológicas estão em segundo plano. As biológicas vêm em primeiro lugar.
Várias perguntas poderiam ser feitas ao Sr. Cabral:
_Quando ele acredita que a vida começa? Pois objetiva e cientificamente, só existe um critério: a concepção. Qualquer outra data é posição pessoal e subjetiva. E por isso mesmo, existem muitas.
_Dado este fato, e já que abortos clandestinos fazem mal às mães, poderia ser dada a elas a opção de deixar nascer a criança e então matá-la? Eis que ambos são o mesmo caso - interromper uma vida.
_Basado nesta afirmativa, ele seria também a favor da pena de morte, eis que também existe para eliminar maus elementos da sociedade?
_Já existe algum estudo do genoma humano que comprove que pobres nascem com o gene da violência?
Mas uma é a mais importante: Quando temos o direito de tirar a vida? Quando ela é uma célula microscópica, que mal se enxerga - e portanto, o que os olhos não vêem, o coração não acusa - ou quando ela já está desenvolvida, com braços, pernas, coração e título de eleitor?
Neste caso, o governador poderia, a exemplo do rei Herodes, na Bíblia, convocar a policia e passar a tiro boa parte dos infantes das favelas. Parece que o resultado é o que importa - resultado que o poder público busca e tem tanta dificuldade em alcançar.
Não tenho nada em si contra a pessoa de Sérgio Cabral, o partido ou o Estado que governa. Mas contra palavras ditas de maneira tão leviana e irresponsável, serei contrário até o fim da vida - que, graças a Deus, para mim não aconteceu no útero de minha mãe.
O governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, em entrevista,
Parece ter virado rotina no Brasil. Quem paga pela demora do poder público em gerar soluções sociais, são os mais fracos. Não bastasse nós, que já estaamos aqui fora, agora parece que o preço também deveria ser cobrado de quem nem ainda conseguiu vir à luz.
Não vou entrar no mérito se "
Várias perguntas poderiam ser feitas ao Sr. Cabral:
_Quando ele acredita que a vida começa? Pois objetiva e cientificamente, só existe um critério: a concepção. Qualquer outra data é posição pessoal e subjetiva. E por isso mesmo, existem muitas.
_Dado este fato, e já que abortos clandestinos fazem mal às mães, poderia ser dada a elas a opção de deixar nascer a criança e então matá-la? Eis que ambos são o mesmo caso - interromper uma vida.
_Basado nesta afirmativa, ele seria também a favor da pena de morte, eis que também existe para eliminar maus elementos da sociedade?
_Já existe algum estudo do genoma humano que comprove que pobres nascem com o gene da violência?
Mas uma é a mais importante: Quando temos o direito de tirar a vida? Quando ela é uma célula microscópica, que mal se enxerga - e portanto, o que os olhos não vêem, o coração não acusa - ou quando ela já está desenvolvida, com braços, pernas, coração e título de eleitor?
Neste caso, o governador poderia, a exemplo do rei Herodes, na Bíblia, convocar a policia e passar a tiro boa parte dos infantes das favelas. Parece que o resultado é o que importa - resultado que o poder público busca e tem tanta dificuldade em alcançar.
Não tenho nada em si contra a pessoa de Sérgio Cabral, o partido ou o Estado que governa. Mas contra palavras ditas de maneira tão leviana e irresponsável, serei contrário até o fim da vida - que, graças a Deus, para mim não aconteceu no útero de minha mãe.
PLucas.
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