Desculpa
A palavra “Desculpa” tem sofrido uma variação interessante em seu uso e sentido em determinadas ocasiões. Por exemplo, ao emitir uma opinião. Alguém diz “olha, me desculpe, mas eu vou dizer o que penso”. Só que, em princípio, não existe erro em emitir opinião pessoal e ser sincero. Por isso, se vamos falar com propriedade e conteúdo, não deveria haver motivo para pedirmos desculpa. Por outro lado, quando um erro efetivamente acontece a palavra ganha acompanhantes, especialmente o “talvez”, o “se” e o “mas”. Por exemplo: “Tudo bem, talvez eu tenha errado, me desculpa, mas…” “Se eu errei, me desculpa, mas…”. Só que, em muitas destas situações, percebe-se ausência de arrependimento verdadeiro e, em seu lugar, uma justificativa ou tentativa de minimizar o erro cometido. O Rei Davi, no Salmo 51, foi direto ao ponto. E colocou a desculpa no lugar apropriado: o momento em que reconhecemos um erro e queremos pedir perdão. Ele tinha caído em grave pecado contra Deus