Fórmula da felicidade

Finalmente alguém conseguiu desenvolver um pouco do que sempre sonhamos! Uma matéria na web diz que cientistas desenvolveram uma fórmula para dizer se você está feliz. Aparentemente,"a solução matemática final mostra que os momentos de felicidade não refletem apenas em se a vida está fluindo bem, mas se ela está indo melhor do que o indivíduo imaginava”.

Mas, não. Espera aí.

Lendo a matéria, descobrimos que, primeiro, não foi descoberta a fórmula da felicidade, como uma leitura rápida pode sugerir, mas sim, uma que mede a felicidade que se está sentindo. Segundo, felicidade, no conceito apresentado, refere-se somente ao “sentir”. E, mais especificamente, ”sentir-se bem”, ter prazer ou euforia. Expectativa de recompensa, planos, dinheiro, jogos, passeio com amigos... Todas as cenas que as propagandas já se especializaram em identificar como ser feliz

Só que sentir é diferente de ser. Em vários sentidos.

Poderíamos retomar o texto de 2013, o que você faz pra ser feliz, para relembrar se existem outros tipos de momentos e expectativas que se encaixam dentro da felicidade humana:
-Pessoas trabalhando;
-Pessoas ouvindo outras em seus problemas;
-Mães ou pais disciplinando os filhos ou com olheiras às duas da madrugada;
-Pessoas trabalhando muito;
-Gente tensa estudando muito para ou fazendo uma prova difícil;
-Gente recebendo um não ou dando de cara com uma dificuldade;
-Qualquer cena que ilustre uma das inúmeras dificuldades cotidianas;
-Pessoas contentes trabalhando;
E vários outros.

Felicidade é algo que se sente? Ou é algo que se tem?

Tudo passa pela definição que se assume. Mas o certo é que, se felicidade é uma questão de sentir - e de sentir coisas boas -, não devemos ter mais do que, somados todos os minutos, apenas algumas horas por semana.

A alternativa da fé cristã é diferente. Viver com fé é mais do que apenas sentir. É, principalmente, saber. Saber-se amado por Deus. Saber-se guiado por Ele. Saber que um dos momentos máximos de felicidade para Jesus Cristo foi quando agonizava no alto de uma cruz. Pois estava trazendo a felicidade eterna, que vem do perdão e da paz com Deus e, por consequência, com o semelhante.

Felicidade que se tem; que se sabe; que permanece. Ela também se reflete em ‘sentir-se bem’, claro que sim. Mas não nos deixa quando chega o ‘sentir-se mal’. Ela permanece conosco, já que felicidade é a estrada, não apenas o clima que se enfrenta pelo caminho.

Não é uma fórmula. Não é um aplicativo. Não é uma solução mágica.

Mas é uma definição permanente.  


(P. Lucas André Albrecht)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nos trilhos

O Carpinteiro e os jardineiros