E é

Lembra quando seu pai ou sua mãe falavam para não aceitar presentes e doces de estranhos? Eu lembro bem, e lembro também que não foi uma nem duas vezes que este conselho foi repetido. Talvez não parecesse fazer muito sentido para nossa mente infantil, já que oferecer um presente parece ser uma boa e nobre atitude.

É conforme vamos ficando adultos que começamos a compreender o motivo desta recomendação.  Não devíamos aceitar a oferta porque é o tipo de coisa que parece boa; mas não é. Balas e doces poderiam ter drogas. Presentes poderiam ‘comprar’ nossa atenção para coisas erradas. Ou mesmo o medo maior, alguém com uma boa conversa poderia nos fazer desaparecer.

Muitos de nós já não somos crianças, mas o tentador ainda gosta de colocar no caminho ofertas personalizadas para, fazendo parecer bom, nos levar para o que é ruim.  Nossa atenção é chamada e muitas vezes ‘comprada’ por estas ‘nobres’ atitudes e ofertas convidativas, mas podem ter consequências nada boas de se digerir. Em alguns casos, ele aparece até mesmo na televisão como alguém que pensa com amor na educação das criancinhas, quando na verdade, é o pai da mentira e o causador de todo o mal, do inicio ao fim da vida.

Parece bom, parece verdade. Mas não é.

Esta é a hora de nos mantermos naquilo que, ironicamente, não parece bom, mas é. Afinal há momentos em que a Palavra, os conselhos de Jesus Cristo, parecem só estragar nossos planos humanos, já que se chocam com nossa vontade de ir além do que convém, ou com a noção humana do que é verdadeiro e aceitável. Mas é exatamente o contrário. Ele é o caminho para que tentações não passem do nome, e que provação vire aprovação e fortalecimento. Deus é o Pai da e de Verdade, que se fez conhecido pela fé ao nosso coração, para continuarmos a não dar atenção para o que é estranho ao nosso jeito de ser e viver.

Neste presente e nesta proposta podemos confiar sem medo. Pois o que vem de Deus sempre parece bom.

E é.


Rev. Lucas André Albrecht

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