Idioma

Ontem, os cursos de Comunicação e Design na Ulbra de Canoas tiveram sua aula inaugural. O palestrante foi Thiago Falcão. O tema: "Jogos Sociais - padrões de interações e consumo".



No devocional de abertura, além da canção "A Vida assim", utilizamos uma versão do Salmo 23 com termos do ambiente da Internet (Confira no blog). A reação percebida do publico foi positiva, que até mesmo riu em alguns momentos, dada a identificação com o tema e o casamento web e Word. Algo parecido já tivemos aqui em cultos de formatura, por exemplo, onde utilizamos expressões próprias de algumas áreas para falar de Deus. As pessoas chegam até a rir, dada a identificação que acontece.

No entanto, como é próprio da democracia, existe quem não concorde. Como este(a) comentarista anônimo do blog do Toque de Vida. “Achei lamentável, pastor. Quando o senhor teria oportunidade de usar algo bom para atingir as pessoas, usa do nome de Deus em vão além de fazer Ele virar motivo de chacota. Perdeu a chance!”

A pergunta é compreensível, diante de uma novidade. A preocupação deste(a) leitor(a) é correta – o mau uso da Palavra. Por isso a importância do estudo dos originais bíblicos (uma das ênfases da Igreja Luterana, por exemplo), para chegar o mais próximo possível do sentido do texto. E aí então escolher as palavras que se vai utilizar. Como no caso desta versão do Salmo, em que cada expressão se aproxima ao máximo do sentido que o texto original quer expressar.

Mantendo o sentido, as expressões, verbos e frases podem mudar. Não existe uma língua, expressão ou idioma que possam ser definidos como o(s) único(s) no qual a mensagem bíblica deve anunciada sem ‘usar o nome de Deus em vão”. A própria tradução em milhares de idiomas mostra isso. Ou seja, o Salmo foi traduzido para uma língua compreendida por determinado grupo. Em outro contexto, provavelmente não vai fazer sentido. Fazemos o mesmo para falar com crianças, por exemplo, utilizando linguagem própria, bem diferente dos adultos. E sem perder o respeito e o sentido do Texto Sagrado.

Como o objetivo maior sempre é chegar a quantas pessoas se puder alcançar, os idiomas humanos mudam, variam. Devem se adequar.

Só a Palavra permanece para sempre.

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