Fast fé

Um texto do blog intermezzo, citando um novo estudo de Jakob Nielsen, mostra que as pessoas em média lêem 28% das palavras de um site na internet. Diz ainda que 25 segundos é o tempo mínimo de navegação em uma página, com 4 segundos a mais para cada 100 palavras. E que apenas 16% lê textos virtuais letra por letra.

Fast (rápido). Cada vez mais apressado este nosso mundo, Fast food, fast relacionamentos, fast fofocas da hora. Quanto tempo você agüenta em média em uma fila até começar a achar ruim? Quanto tempo espera um download até começar a se irritar? E para buzinar se, no sinal verde, o carro da frente não arrancar?
Rápido. Até mesmo o Toque de vida, breve e objetivo, não escapa da necessidade de concisão.

Neste mundo de fast tudo, entra o perigo da fast fé. Querer que Deus resolva tudo imediatamente, as coisas acontecendo rapidamente exatamente do jeito que planejamos. Querer os resultados sonhados quase tão rápido quanto um xis qualquer coisa. E com fritas para acompanhar.

Por outro lado, o que é fast mesmo, em padrões divinos, às vezes relutamos em utilizar. O perdão, por exemplo, recebido e dado. Uma palavra de conforto. Um toque, um abraço, um sorriso. Eles não levam mais que, digamos, 3 segundos. Mas não raro levam uma eternidade para entrarem em nossa vida ou saírem por nossos lábios, braços, corações.

É a hora de nos lembrarmos da calma de nosso Pai, que entende nossa pressa. Mas que quer nos desacelerar. Ao menos para compreender e saber diferenciar a hora em que a pressa é amiga da perfeição e a hora em que paciência é amiga do coração.
Sem dúvida, tempo e pressa são fardos modernos, que precisam da desaceleração que Jesus Cristo ofereceu. Alivio “aos que estão cansados e sobrecarregados”, sombra e descanso para o acelerador sem direção.

E – espero - paciência para ser um dos 16% e ler até aqui com atenção.

Se este foi o seu caso, obrigado!

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