Até onde?

Qual o limite do que podemos contar ao outro? Fatos da família, compra de um carro. Desavença com um amigo, promoção no emprego. Um problema pessoal, uma idéia inédita. Até onde?...

Especialmente com a facilidade virtual cotidiana, às vezes podemos ir longe demais. Expomos fatos, fotos, fugas e felicidades, que podem ser a alegria de quem está à espera de uma oportunidade de incomodar um pouco. Ou um muito.
O problema é que às vezes, é inevitável. Quando vimos... já falamos. Seja por espontaneidade, sinceridade, ou falta de controle. E sempre fica a pergunta: “O que alguém poderia fazer com estas informações?”. Até onde podemos ir quando se trata de abrir nosso arquivo confidencial?

Com tanta gente que não merece disposta a roubar pedaços de nossa intimidade, torna-se um alívio termos Alguém com quem contar. Ou ainda, Alguém para quem podemos contar. Tudo. Ao conversarmos com Deus, a língua não precisa ter nenhuma trava, nem o coração, represas. Podemos abrir as comportas do nosso ser e expor tudo o que passa em nossa mente e vida, pois neste caso estamos diante de Quem vai utilizar tudo isto apenas para o nosso bem. E podemos também pedir também pessoas confiáveis, amigos, nem que sejam poucos, com quem também possamos falar sem impedimentos, sejam chutes na trave ou bolas certeiras no gol

É certo, em onisciência, Ele conhece até nossos pensamentos. Mas insiste que destravemos qualquer empecilho e utilizemos este dispositivo– a oração – que sempre alcança os Seus ouvidos, e busca a ação de Quem tem o controle de nossa vida nas mãos.

Aí, é a hora de falarmos pelos cotovelos. Sobre a alegria, gratidão, experiência desta ação Divina em nossa existência.

Até onde nossa vida for.

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