Esperança

Houve certa vez um vale que seria totalmente inundado em função da construção de uma hidrelétrica.
Havia também uma pequena cidade no fundo daquele vale. Desde que a notícia da construção da usina foi divulgada, a localidade simplesmente parou. Entrou em colapso, o desânimo foi total. Quando alguém perguntou o por quê disso, a resposta foi “Quando não há esperança no futuro, não há trabalho no presente”.

O presente de nossa sociedade está inundado de assuntos nada agradáveis. Álcool em excesso, drogas, libertinagem. Busca pelo alívio imediato. Egoísmo agudo. Tudo o que recompensa hoje, é bem vindo. Tudo o que só vai trazer resultado amanhã, parece difícil demais para ser levado tão a sério.
Seria o caso de que muitas pessoas não trabalham mais suas vidas no presente porque perderam a esperança no futuro?

Pois esta é a semana para lembrarmos que esta pode ser a exceção. A morte de Jesus Cristo na sexta-feira santa, e também a ressurreição no domingo de Páscoa apontam paz, alegria e vida. Garantem futuro. E esperança nele. E esta esperança, que temos em fé, acende nosso desejo de trabalhar. De viver o presente com intensidade sem tirar os olhos do que vem ali adiante, que pode estar mais perto ou um pouco mais longe.

Se Páscoa é tempo de esperança, estamos falando daquela que é certeza de vida eterna, e de sentido para continuar vivendo. Preenchidos por este amor, geramos a energia que alimenta não apenas o coração que bate em nosso peito, mas também aqueles que compartilham do mesmo ar que respiramos.

E ainda que, como diz o Salmo 23, andemos pelo vale da sombra da morte, a semana Santa inunda a vida de esperança: nos aponta o caminho que conduz à vida.

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